Este espaço destina-se à divulgação da pesca, em especial da pesca à bóia, spinning e da pesca de competição, onde relato as minhas pescarias e aventuras na região Oeste

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sexta-feira, 28 de março de 2014

Treinar para a meia maratona

Este domingo realizou-se a 4ª prova do campeonato de pesca da Bordinheira, mais uma vez fomos brindados com um marzinho daqueles que a malta tanto gosta, he he he, bem mexidinho, com tons acastanhados, o que vale é que já nos habituamos.
O tempo até que não esteve mau, um dia solarengo com uma ligeira brisa, mas que não estorvava a acção de pesca, o pior foi mesmo os fortes enchios, divido ao período da vaga ser bastante alto, ajudado pelo descer da maré, abalava com toda a agua e engodo dos pesqueiros.
Para esta jornada, leva estudado um plano de pesca bem elaborado, mas bastante puxado, para tentar tirar partido de alguns spots nas melhores horas de maré, era quase um treino para a meia maratona, com uma grande área de costa para percorrer.
Aqui está o plano de pesca executado nesta jornada, a vermelho o 1º trajecto, a verde a 2ª parte da jornada, e a azul o regresso e espera da boleia, no total da jornada foram percorridos sensivelmente 4,5kms, desde Cambelas até à Praia da Foz.


Para inicio de jornada apostei na Ursa, mais propriamente no Castelinho, este não é um dos meus pesqueiros de eleição, mas como as condições me agradavam e deixava pescar razoavelmente, resolvi apostar aqui.
Depois de descer a arriba, o ritual do costume, preparar o engodo, sardinha para isca e montar a cana com fio 0,18mm e uma bóia de 3 grs, partilhei o pesqueiro com o amigo Carlos Maria.
Depois de engodar bem o pesqueiro, foi só por a pesca lá dentro e pouco depois a bóia afunda e eu dou o toque, do outro lado um sargo, a grade já estava safa, mais alguns lançamentos e nova ferragem, uma arrancada bastante energética proporcionou uma boa luta, daquelas que já não sentia à algum tempo, que saudades!!!
Com calma trabalhei o peixe, que acabou por ficar a seco com a ajuda da onda, a coisa prometia, mas com a maré a descer rapidamente deixei de ter agua no pesqueiro e tirei apenas mais uma tainha.
Depois começou o treino, tralha às costas, e vou mais para sul até à Ponta da Vela(Cabelas), pesqueiro com óptimas condições, mas nem um único toque, toca de arrancar ferro.
Próxima paragem Porto Chão, reencontro com o meu pai, que ainda não tinha sentido nada, mais uma tentativa num buraco com condições para dar uns peixes, mas eles não apareceram à chamada.
Não insisti muito neste spot, voltei a mudar de pesqueiro, digo ao meu pai, vou até à Foz ver se as salemas lá estão, depois apanhas-me lá.
Chego ao pesqueiro mesmo na hora certa de maré, com grande fezada neste pesqueiro, engodei bem forte para ver se entravam as salemas, tentei com sardinha, com limo, mas delas nem sinal.
Faltava meia hora para a prova acabar e desisti das salemas, e fui gastar o resto do engodo em cima da laje de Gentias, na esperança de apanhar alguma tainha, ainda consegui ferrar 2 mas apenas tirei uma, a outra desferrou.
A pesca estava feita, o resultado não era bom, mas para as condições do mar era satisfatório, na lata tinha 2 tainhas e 2 sargos, foi uma espécie de treino para a meia maratona, também uma forma de emagrecer um bocado, além de abrir o apetite para o almoço, como se isso fosse preciso he he he!!! 
Depois das pesagem realizada onde apenas 18 concorrentes conseguiram safar a grade acabei por ficar em 6º lugar com 6520 pontos, em primeiro lugar ficou o Paulo Ribeiro com 11250 pontos, para ele os meus parabéns.

Em 2º ficou o César Ribeiro com 9900 pontos, e a fechar o pódio ficou o Miguel Serra com 8250 pontos, os 3 lugares do pódio foram alcançados no pesqueiro do Cavalinho, com umas típicas pescas desta altura do ano, salemas e tainhas.
Com o campeonato ao rubro, temos fazer uma pausa, pois começam agora os concursos anuais de outras Colectividades e Associações, que se irão realizar praticamente todos os fins de semana, com os devidos relatos aqui no blog, claro está.
Um abraço a todos e boas fainas.




terça-feira, 25 de março de 2014

Obras feitas, praia segura

A ponte da praia da Foz do Sizandro que dá acesso à praia já se encontra reconstruida e operacional permitindo assim o acesso à praia.
Estava parcialmente destruída devido ás tempestades marítimas, que este ano varreram toda a nossa costa,  abalando com parte desta estrutura, impossibilitando assim o acesso ao areal  e provocando a destruição de muitas outras infraestruturas de apoio à praia.
Neste momento já se encontram operacionais, esta semana funcionários da Junta de freguesia de São Pedro da Cadeira com recurso a uma recto-escavadora reconstruiram a ponte bem como toda a zona ribeirinha envolvente.




Assim com estes dias primaveris e solarengos já todos podemos usufruir na total plenitude desta maravilhosa praia, tanto para pescar, passear ou até apanhar uns banhos de sol, caso o tempo deixe.
Uma boa semana para todos e bons lances.

sábado, 22 de março de 2014

A conta que Deus fez e as boas novas!!

Este domingo passado realizou-se em Peniche o concurso de pesca da Câmara Municipal de Peniche, com muita pena minha não pude participar, e como gostaria de ter ido!! Foi o 1º grande concurso desta temporada, mas devido a compromissos familiares não pude ir, é assim meus amigos!!!
Na pesca como em tudo na vida temos de tomar decisões, como o meu filhote ia fazer a promessa de escuteiro tinha mesmo de estar presente na cerimonia, tento conciliar a pesca com o trabalho e família de forma harmoniosa, já tenho dito a muita gente, que a família está em 1º lugar, depois o trabalho e por fim o laser, neste caso a Pesca, são prioridades.
Claro está que apesar de não ir competir, tinha de ir pescar, com o mar de rastos, a pedir um spinning nocturno, combinei com o Hélder e lá fomos nós mandar umas amostras.
Eram 3 da manhã e já estávamos junto ao mar, na praia da Foz(Sizandro), a maré estava a dar a volta e íamos fazer o descer da maré até ao amanhecer.
Quando lá chegamos não estávamos sós, mais 3 companheiros também tentavam a sorte, ficamos logo ao lado deles, junto à boca do rio, e toca de lançar amostras, ir mudando de amostra e voltar a tentar.
Passado  uma hora, nem um toque, o pessoal que lá estava fartou-se e foi-se embora, eu digo ao Hélder, «Esta malta fez o enchente como não deu nada foram para casa, vamos mas é tentar outro spot».
E assim fizemos, arrancamos e fomos até à Assenta, descemos no porto dos barcos, e fomos para sul, lançando e andando, o dia já clareava, a maré estava bem vazia e fomos para cima da malhada em frente ao  varandim.
Alguns lançamentos e tenho um toque, dou a ferragem e cana a dar sinal de peixe, pelo trabalhar não era nada de especial, mas ia livrar a grade, um kileiro para animar a malta.
Pouco tempo depois foi a vez do Hélder, e que peixe valente e corajoso, não pelo seu grande tamanho, antes pelo contrário, mandou-se a uma amostra Maria maior que ele,, impressionante a voracidade deste predador.

Continuamos a insistir e ainda fui premiado com mais 2 kileiros, todos irmãos gémeos, bem bom!!!
Estava na minha hora, mas antes de ir ainda apanhei um bom saco de ouriços para fazer um engodo especial para os sargos, espero que venha a dar frutos.
Já depois dos compromissos familiares, estava em pulgas para saber resultados do concurso, ligo para o César que fez logo uma enorme festa, «Ganhamos tudo» dizia ele.

O podio completo, Paulo Ribeiro 2º e David Focada 3º


As noticias não podiam ser melhores, A Bordinheira tinha ganho por equipas e clubes, pondo vários pescadores nos 10 primeiros, onde claramente destaco o vencedor César Ribeiro com 27 salemas alcançando uma merecida  vitoria, os meus parabéns amigo.
Foi um dia de festa na aldeia, este domingo à mais amigos!!!
 

quinta-feira, 20 de março de 2014

Mas que peixeirada vem a ser esta(parte 2)!!!!

Pois caros leitores, vamos agora à 2º parte, e final da história como prometido.
Como tinha tirado o dia para estar com o peixe na mão,só faltava ir ao mar fazer uma pesca ao cair da noite, os nossos companheiros de pesca David Forcada e Paulo Marques já lá estavam no mar, foram um pouco mais cedo para escolherem o spot.

O mar estava a cair, mas as aguas essas eram barro autentico, e algum vento norte não abonava uma boa jornada, no principio a ideia era ficar perto de casa, pois o tempo de pesca não ia ser muito, mas devido às más condições eles foram andando, andando.... sempre para sul em busca de aguas mais abertas.
Já estavam na Ericeira, e não se via melhorias das aguas, para não irem mais longe ficaram pela praia Sul, do ao lado de um pequeno molhe, foram trabalhando o pesqueiro, já com o pesqueiro feito, foi só chegar esticar as canas e por as bóias a trabalhar.
Eu depois de montar a cana, li o mar e fui pescar ainda bem longe deles, num sitio onde o engodo estava a correr, logo nos primeiros lances uns sargotes miúdos que foram sendo devolvidos, mas não passava disso.
O resto da rapaziada lá se ia entretendo também com uns sargotes que iam devolvendo, uma ou outra tainha que pratulhava o pesqueiro em busca do engodo é que faziam a cana vergar algo mais.



Eu como não tinha levado engodo insisti também ao lado deles, mas sem o mínimo de fé, se tivesse sozinho e com engodo à disposição à muito que me tinha posto a andar, o normal!!!Mas o dia era de estar na descontracção em amena cavaqueira com a malta.



O dia caminhava para o fim, farto de não ter nada na lata, decidi experimentar do lado contrário do molhe, o César pegou  no balde e veio para o meu lado, o mar deixava pescar melhor e com boas condições para matar um robalo fomos engodando de forma mais grosseira, na esperança que aparecesse algum cabeçudo.
O resultado foi fraco, mas mesmo assim todos apanhamos peixe, uns sargos e robalotes, que no dia seguinte deram uma valente almoçarada para todos.



Fui um dia bastante atribulado mas espectacular, daqueles que não se esquecem.
Um agradecimento especial ao peixeiro César pela companhia e ensinamentos e aos restantes companheiros da jornada pela sempre agradável companhia.

terça-feira, 18 de março de 2014

Mas que peixeirada vem a ser esta(parte 1)!!!!

Há uns anos atrás pensei em seguir a profissão de peixeiro, mas a ideia nunca foi nunca para a frente. Hoje tive a oportunidade de ser peixeiro por um dia (talvez futuramente todos os dias, nunca se sabe), como tenho um colega de pesca, o César Ribeiro que além de grande pescador entre outras virtudes e qualidades, é peixeiro de profissão, aceitei o convite e fui fazer a venda com ele.
O dia, esse não podia estar melhor, um dia bastante solarengo e primaveril, e bem cedo lá fomos nós, na carrinha vender o peixe às freguesas, buzinando por essas aldeias, e casais do concelho de Torres Vedras, lugares e recantos onde nunca tinha passado, zonas com paisagens maravilhosas, cada vez gosto mais do meu Oeste.
Primeira paragem e obrigatória na sede, tomar um chá(?????) para aquecer e afinar a garganta(além de curar a ressaca), mas que raio de bebida para um peixeiro de barba rija, pensava que era um bagaço ou uma aguardente, mas não um chazinho!!!!!
Agora sim estavamos prontos para começar a buzinar!!!!
Ó Ti Maria quer peixe? É tudo peixe bom e fresquinho, hoje temos, pescada, pargo mulato, safio, carapau, chicharro, perca, garoupa.....
«É o peixe está caro!!», dizem praticamente todos os clientes, dois dedos de conversa enquanto se amanha o peixe, e já está mais uma cliente bem servida e vamos ficando com menos stok na carrinha.





Também aprendi coisas novas, nomeadamente na disciplina de matemática, aprendi a fazer arredondamentos à César, passo a explicar, ora bem no total são 15€ euros e 20 cêntimos, arredondando dá 16€ e mais uns trocos. É sempre a arredondar, este ditado popular assenta-lhe mesmo bem, grão(arredondamento) a grão(arredondamento) enche a galinha(peixeiro) o papo.

E assim continuamos nesta labuta toda a manhã com umas pausas obrigatórias, uma para a buxa e outra para um aperitivo na sede da Bordinheira, para abrir o apetite para o almoço.
Aqui fui obrigado a sujar as mãos e amanhar uns peixes para a malta amiga, além de por em prática a técnica dos arredondamentos, alguém tinha de pagar os martinis, he he he.......




Depois da venda feita, e arrumada a carrinha bem como todo o material de trabalho, almoçamos rapidinho, umas sandochas, e adivinhem o que fomos fazer?
Mas isso tem que ficar para a 2ª parte deste post, que a história já vai longa.
Um abraço e não percam o próximo capitulo brevemente.


sábado, 15 de março de 2014

O mar cai e é isto!!

Basta o mar dar umas tréguas e é o costume, redes e aparelhos espalhados pela costa, o que é normal.
Mas com um mar tão grande, tem que os vir montar cá fora em cima da malhada, depois admiram-se de acontecerem acidentes.
Eu não sei qual a distancia mínima da costa para colocação destas artes, pesquisei na net e não encontrei nada, mas calculo que não seja a esta distancia, alguém sabe?









Onde andam as autoridades que não vem nada!!!!
Fotos tiradas esta semana na Praia da Assenta.
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