Esta foi uma das ultimas pescarias do ano 2015.
Uma pescaria combinada à pressa no dia anterior, quando nos encontramos no novo ponto de encontro dos pescadores do Oeste, a loja «Só pesca», as previsões não eram animadores, mas a vontade de estar a pescar com os amigos falou mais alto.
Em principio era para ser só a 3, eu o meu pai e o «Tio Artur Silva», mas como o júnior estava de férias, lá fez o choradinho e acabou por nos acompanhar.
É compreensível que sinta falta do mar, mas eu também, ainda tentei demove-lo, dizendo que estava muito frio, vento e que o mar estava bravo, para ver se conseguia eu matar o vício.
Nada resultou, teimoso que nem uma porta, nada o fez desmobilizar e no dia seguinte ao romper da manhã lá estávamos nós, todos juntos.
O spot escolhido foi o Cavalinho e os Guiões, o mar bravo, bastante vento, dificultaram a pescaria, mas não nos importamos.
Estávamos ali para nos divertirmos, descontraidamente sem correrias ou pressões da competição, apenas o pequeno João Franco estava em modo competitivo, não dando descanso aos mais velhos he he he.
Depois do material montado, um pouco mais forte que o habitual, fio 0,20mm, bóia de 7grs, um anzol um pouco maior, para tentar alguma surpresa, mas também porque o mar e vento assim o obrigavam.
Depois de fazer um balde de engodo, lá fui servir de engodador para os artistas, pescar que é bom, nada ;)
O dia começou difícil, muita sargueta miúda a desiscar, o João foi o primeiro a apanhar uma tainha, pouco depois o Artur tirou 2 praticamente seguidas, o João volta a empatar a coisa.
Com o baixar da maré as tainhas desapareceram, mas como nós estávamos mais virados para os sargos, fomos à sua procura.
Estávamos a arrumar o material para mudarmos de spot, quando começaram a cair pedras vindas do alto da arriba, olhamos para cima, quem lá estava, o Miguel Serra que tinha ouvido a nossa conversa na loja e veio fazer companhia à malta.
Juntos lá fomos até aos Guiões, para mais umas horas de pesca, a maré estava mesmo na cota certa de agua, fomos engodando a miude, pois o pesqueiro ganhava algumas correntes fortes quando vinham os enchios.
Deixei o júnior entregue aos meus companheiros e fui num instante apanhar uns mexilhões para o petisco, a minha pesca foi esta, valeu a pena, muito bom tamanho e que gordos que estavam.
O peixe que procurávamos lá apareceu timidamente, uns sargos de bom calibre animaram alguns dos pescadores, eu ainda peguei na cana 2 ou 3 vezes, nessas poucas vezes que peguei na cana ferrei peixe, impressionante, parecia que tinha magnetismo.
Outros ouve que tentaram de tudo para safar a grade, foi à chumbadinha, à bóia com a cana esticada, à bóia com a cana encolhida, até que conseguiu apanhar um sargo também.
O meu pai andou um pouco afastado de nós, a pescar à chumbadinha, também apanhou 2 sargos, apenas se juntou a nós no final para a foto.
Além de mais uns sargos, saiu também mais uma tainha e uma salema, o mar ganhava muita força e deixava de ter condições, estava mesmo na hora certa, hora de almoço, demos por terminada a pescaria e satisfeitos voltamos a casa, prontos para mais uma semana de labuta.